Encontro com Abdellah Taïa
O escritor Abdellah Taïa estará presente no Porto, dias 11 e 12 de março para lançar o seu livro Aquele que é Digno de ser Amado.
Programa:
- 11 de março 2024 - 9h (FLUP) - Encontro com os estudantes
- 11 de março 2024 - 18h (Casa dos Livros) - Apresentação do romance Aquele que é Digno de ser Amado pela Professora Maria de Fátima Marinho
- 12 de março 2024 - 16h (Anfiteatro Nobre, FLUP) - Projeção comentada do filme L'Armée du salut com a participação do Professor David Pinho Barros, do Professor Jorge Vicente Valentim e do Doutor Jorge Gato.
Abdellah Taïa nasceu em Salé, próximo de Rabat, em Marrocos, a 8 de agosto de 1973. Cresceu numa família modesta e numerosa, de nove irmãos, e cedo se interessou pelo mundo do cinema. Foi, porém, literatura francesa que estudou, primeiro na Universidade de Rabat, mais tarde em Genebra, e veio a concluir o doutoramento na Sorbonne, com uma tese sobre Fragonard.
O gosto pela escrita surgiu-lhe ainda nos tempos de faculdade, e, em 2000, publicou o seu primeiro livro de contos; Mon Maroc, onde revive memórias de infância num registo autobiográfico. Aventurou-se, desde então, em peças de teatro, colaboração com outros autores, e vários romances, de que se destaca L’Armée du salut, de 2006, que o próprio adaptou ao cinema e realizou, apresentando a sua primeira longa-metragem em 2014, e pelo qual recebeu o Grande Prémio do Júri no Festival Premiers Plans d’Angers; e Le Jour du roi, de 2010, que lhe valeu o Prix de Flore.
Oriundo de um país onde a homossexualidade é crime, Abdellah Taïa foi o primeiro escritor do mundo árabe a assumir a sua homossexualidade, numa carta publicada em 2006 no semanário Tel Quel; “Homossexualidade explicada à minha mãe”. Homossexual árabe, e jovem marroquino que foi viver para França; eis as temáticas que atravessam a obra de Taïa, que, apesar de escrever em francês, e dos vinte anos que já leva a residir em França, escreve sobre o seu país sem nunca denunciar essa distância.
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